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Roda Viva de Chico Buarque na acolhida desta semana!!!


     Os professores de Ciências Humanas acharam por bem iniciar esta semana acolhendo os alunos com uma apresentação da música Roda Viva (Chico Buarque). Muito bem relacionado com esta semana tão especial para nós, mulheres (08/03 - Dia Internacional da Mulher). 
    Essa letra demonstra um sentimento de impotência em relação aos atos do Governo Militar durante os anos da Ditadura. Foi gravada em 1968, pouco tempo antes da criação do Ato Institucional 5, decreto que deu origem aos chamados “Anos de Chumbo”.
      Mais especificamente a primeira estrofe relaciona-se fortemente com o tema principal da música. O termo “roda viva” refere-se aos representantes da ditadura. Quando, na segunda estrofe, Chico cita o desejo de mandar no próprio destino, no sentido de liberdade, tanto pessoal, quanto no quesito criação artística, ele diz que a “roda viva carrega o destino prá lá”, ou seja, censura os planos das pessoas que lutavam por liberdade.
     Ele ainda cita nas outras estrofes o desejo de lutar contra a censura, mas o poder da “roda viva” é ainda mais forte. A opressão da “roda viva” ocorre até em pequenas esferas como a citada na música “a roda de samba acabou” ou “viola na rua a cantar // mas eis que chega a roda viva // e carrega a viola pra lá...”.
      Uma curiosidade que ajuda na compreensão da música, é observar o nome Roda Viva e lê-lo ao contrário, tornaria: A Viva Dor. Expressa todo o sentimento já citado sobre a situação do país na época em que a música foi escrita e gravada.





RODA VIVA - Chico Buarque

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda-moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá
Roda mundo (etc.)

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá
Roda mundo (etc.)

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá
Roda mundo (etc.)



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